segunda-feira, 11 de maio de 2009

AÇÚCAR: DOCE VENENO

A aula do Dr. Alberto Gonzalez sobre o açúcar inspirou-me a escrever sobre o tema.
O açúcar sempre foi uma das minhas paixões, quem me conhece sabe como gosto de chocolates, sorvetes, bolos e tortas, minha primeira decepção com o açúcar foi em meados de outubro/2008, coisa recente, quando li o livro "MAGRA E PODEROSA" lá tem um capítulo com o título de : " AÇÚCAR É COISA DO DIABO" e explica exatamente como o açúcar é processado para ficar branquinho , alias açúcar branco é invençao de americano, e acreditem se quiser ou se puder suportar a verdade, para ficar branquinho ele é refinado com a ajuda de ossos de animais, então veganos de plantão não usem açúcar branco.Desde então passei a repensar seu consumo, em casa ainda uso o mascavo, mas meu objetivo é eliminar o consumo de alimentos processados.
Para passar um pouquinho de informação sobre o açúcar usei como referencia monografia da Dra. Daniela Benassi Carretta, para obter o título de especialista em saúde coletiva. Foi realizada em 2006 na Universidade de Brasília - Faculdade de Ciências da Saúde - Departamento de Odontologia. (http://www.docelimao.com.br/MONOGRAFIA-DANIELA-BENASSI.pdf) Vale a pena ler na íntegra.
O açúcar tem uma história amarga chegava à Europa manchado com o
sangue escravo. “Em nome da iguaria branca, terras vêm sendo devastadas ao redor do
mundo, rios têm sido apagados do mapa para dar lugar às longas extensões de cana verde,
as águas poluídas com a pulverização de defensivos nas lavouras e milhares de seres
humanos escravizados sob o sol escaldante, aplacados pelo cansaço das longas e injustas
jornadas de trabalho. São oito séculos de escravidão, genocídio, devastação ambiental e
crime organizado em nome do mercado açucareiro”.

DUFTY (1975) afirma que foi o começo do declínio do grande mercado europeu do
açúcar, que conduziu, a partir do século XIX, pelos Estados Unidos, a invenção do açúcar
branco, refinado através do processo de industrialização.

No processo de obtenção do açúcar, o caldo de cana passa por várias etapas de
cristalização e tudo o que não for sacarose pura é retido em um melado, que contém todas
as vitaminas e sais minerais presentes no caldo de cana onde, após várias etapas de
cristalizações e purificações, obtém-se o açúcar cristal. Já o açúcar refinado é o mesmo que
o açúcar cristal, só que mais finamente triturado e branqueado, possuindo aditivos para evitar
o seu endurecimento em forma de blocos. O produto, que inicialmente é marrom, recebe
adição de gás sulfídrico e outras substâncias químicas para ficar claro e solto. Nesse
processo, o açúcar refinado perde vitaminas e sais minerais. O açúcar mascavo não passa
por processo de refinamento, mantendo assim as vitaminas e sais minerais do caldo da
cana.
De acordo com CHEMELLO & PANDOLFO (2006), o açúcar refinado só proporciona
calorias vazias, porque não contém nenhum nutriente uma vez que durante o processo
químico de refino são extraídas as fibras, sais minerais, proteínas e vitaminas e conclui
dizendo que calorias vazias induzem a uma desnutrição generalizada.

Algumas teorias sobre a evolução do homem sugerem que uma especial pré-disposição
fisiológica para o sabor doce foi uma resposta evolutiva que os ajudou a encontrar e
identificar alimentos seguros e nutritivos, tornando o sabor doce singular e diferente de
qualquer outro, com uma aceitação muito mais universal que outros sabores. (RAMOS &
JÚNIOR, 2001).
Na natureza, os alimentos bons, como frutas maduras, têm gosto doce, enquanto que o
sabor amargo é associado a substâncias venenosas, presente em muitas plantas como as
que contêm alcalóides. A família dos alcalóides nas estruturas químicas das plantas inclui a
morfina, a estricnina, a nicotina e a cafeína (WOLKE, 2003). Por isso amamos o sabor DOCE.

Mas para BONTEMPO (2006), todo o açúcar refinado (portanto, adicionado) é
excessivo, supérfluo, além do que o corpo precisa, se for levado em conta que 100 por cento
dos carboidratos (farinhas, cereais, açúcar das frutas, etc.) transformam-se em glicose, 60
por cento das carnes ingeridas e até mesmo 15 por cento das gorduras e óleos também se
convertem em glicose e desta forma são supridas as necessidades bioquímicas do corpo.
Conclui o autor dizendo que o açúcar é descalcificante, desmineralizante,
desvitaminizante e empobrecedor metabólico, sendo caracterizado como um “antinutriente”.

O consumo de
açúcar branco resulta numa condição superácida no organismo, que descalcifica e
desmineraliza. O corpo passa a ter falta de cálcio, de magnésio, de zinco, de selênio, entre
outros nutrientes protetores.

A célula de defesa de uma pessoa que não usa açúcar é capaz de destruir cerca de
14 bactérias invasoras, ao passo que se essa mesma pessoa ingerir 24 colherinhas rasas de
açúcar branco o seu leucócito é capaz de destruir apenas uma bactéria.
Por quê mesmo conhecendo este vilão temos dificuldades em eliminar seu consumo?
Porque comer certos alimentos pode levar a sensações positivas e a lembranças
confortáveis, pois, de acordo com RODRIGUES & JUNIOR (2005) a dependência por doces
pode ser uma maneira de compensar um hábito introduzido desde a infância: as mães
costumam adoçar o leite das mamadeiras; quando a criança é bem comportada, ganha um
refrigerante; a partir da adolescência, os namorados se presenteiam com bombons,
simbolizando, portanto, aproximação social e festividades. O doce adquire assim, um
significado afetivo na maioria das famílias. E ao haver uma carência de afeto, a
compensação pode ser buscada no próprio doce.

Um estudo feito pela Universidade de Princeton, nos EUA, sugere que a fissura por
doce pode ser uma forma de vício, com características fisiológicas semelhantes à dos
dependentes químicos.
Há evidências de transtornos metabólicos causados pelo consumo de açúcar refinado:
arteriosclerose, diabetes, obesidade, infertilidade da mulher, impotência masculina,
problemas de coração, fígado, rins, diminuição da resistência orgânica, etc;
Abandoná-lo de uma tacada só seria o ideal mas por ser vício, o consumo de açúcar induz o cérebro a produzir opiódes como o consumo da heroína, isto é quase impossível para a maioria das pessoas, o meu conselho (como viciada em tratamento) é de que você comece aos poucos, diminua o seu consumo diário de sobremesas, se você come uma fatia de bolo por dia passe a comer 1/2, tire o açúcar do café mas não coloque adoçante, pare com os refrigerantes e cada semana diminua metade da sua porção de açúcar. Pra mim deu super certo consumir frutas secas, elas são mais doces que as frutas frescas e satisfazem bem a vontade de comer açúcar, hoje consumo bem pouco meu paladar se alterou e prefiro o sabor de alimentos frescos.
Como se diria no A.A.: "viva um dia de cada vez e cada dia será mais um dia"

Um comentário:

A verdade está lá fora!!!

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